A sala de aula é um universo extremamente complexo e o ato de ensinar cada vez se revela como desafiador. No colégio esta semana o professor Denilson resolveu construir uma aula diferente no 1ºB tendo como abordagem os agentes do relevo.
Ao entrar na sala, Denilson pediu para que todas/todos se levantassem da cadeira, desfazendo as fileiras e seguissem para o centro da sala. Ao começar a atividade fiquei empolgada e ansiosa pela aula, enquanto a turma se entreolhava não entendendo o que estava acontecendo mas empolgavam-se levantando das cadeiras. A ideia era construir um círculo representando o relevo tendo alguns poucos alunos do lado de dentro, os agentes internos, e outros do lado de fora, os agentes externos, que deveriam passar tocando em cada colega envolto no círculo enquanto Denilson explicaria a ação dos agentes com o decorrer do tempo.
Ao começar, ele alertou para não haverem brincadeiras desrespeitosas na dinâmica até que um dos alunos passou a mão na bunda do colega e foi retirado da atividade. Em seguida, ele pediu para que todas/todos colocassem cadeiras em círculo e sentassem mas enquanto ele explicava o assunto, os alunos se olhavam e começavam a rir descontroladamente e nem eu e o professor entendíamos o motivo. Ele perdeu o controle, já que ninguém parava de rir e todos voltaram para o cenário comum da sala de aula até que o sinal bateu, as outras aulas seguiram o esquema leitura de livro-explicação de livro e fui para casa só pensando na aula do 1ºB e os desafios de fazer educação.
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