quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Não conversaram com a ESCOLA sobre a REFORMA!



TODO apoio às OCUPAÇÕES que têm ocorrido em todo o país contra a MP 746- Reforma do Ensino médio. A referida, construída de modo arbitrário, ilegítimo sem consulta pública destina APENAS ATENDER às demandas neoliberais, NÃO RESOLVERÁ os problemas instalados intencionalmente na educação escolar brasileira tampouco, PROMOVERÁ mudanças que visem a construção de uma sociedade cidadã, justa, com formação plural, crítica, científica e profissional.  
A proposta de reforma no ensino médio traz pontos como:
  • Seleção de escolas para Educação Integral que não condiz com a realidade das e dos estudantes do ensino médio sequer com a realidade das escolas públicas onde faltam condições mínimas como piloto, cadeiras, papel higiênico, e as merendeiras precisam fazer paralisações constantes (justas e cabíveis) porque são terceirizadas e as empresas esporadicamente pagam os salários. Se a proposta prevista na PEC 241 é congelar gastos na educação, como funcionará a escola integral sem recursos?


  •  NOTÓRIO SABER que desrespeita e deslegitima a formação de professores, não considera a importância da formação didática-pedagógica passando por cima do PNE (meta 15). Desconsidera a importância da/o profissional da educação escolar, assim como um fisioterapeuta não possui formação para realizar atendimentos odontológicos, a educação escolar não pode ser "ministrada" por outro profissional que outrem avaliará ter notório saber.  Além disso, se considerarmos, por exemplo, que João e seu colega farão ENEM no fim do ano para um mesmo curso, mas a professora de João que dá aula de humanidades, é formada em economia e ele só vê de forma "eficiente" conteúdos de economia, pois é o que a professora dele domina. Mas seu colega, tem aula de humanidades com um professor formado em filosofia e só vê de forma "eficiente" conteúdos de filosofia. Logo, o que já é uma grande deficiência no ensino com professores formados na mesma área se tornará beeeeem pior. 

Vale ressaltar que a MP está associada a nova Base Nacional Curricular  e visa reduzir o ensino das disciplinas de filosofia, sociologia, história e geografia transformando-as em componentes curriculares, o mesmo ocorrendo nas ciências naturais, isto para toda a escola básica. Hoje por exemplo, temos 4 disciplinas de "humanas", caso entre em vigor, serão suprimidas para 1 disciplina que com "notório saber" poderá ser ministrada por qualquer profissional que receba o título. Se uma professora de geografia encontrará dificuldades em abordar conteúdos de filosofia, imagina um professor formado em administração? 
  • A livre escolha do aluno. É comovente e moderninho mas como uma estudante de 14 anos, pobre, sem orientação, com muitas incertezas (que são comuns) decidirá quais disciplinas irá estudar para  direcionar seu futuro/sonho? E mesmo que ela já saiba o que cursar mas no colégio mais próximo onde pode estudar não ofertar tais disciplinas? Só exemplificando, quando entrei no ensino médio-técnico integral no IFBA-Camaçari tinha 14 anos e queria estudar neste colégio porque minha professora de matemática havia dito que era muito bom e tudo mais. O curso técnico era integrado e eu não fazia ideia o que era o IFBA menos ainda o que eram os cursos ofertados: tecnologia da informação e eletrotécnica. Passei na seleção e comecei a fazer o integrado de Tecnologia da Informação, no começo não havia assistência estudantil e até o prédio do colégio era cedido. A marmita fria era o que salvava a fome de todos os dias, às vezes nem isso, porque não dava tempo de fazer a comida à noite, mas com todas as dificuldades e depois de 2 anos no curso, comecei a entender aonde eu estava. Percebi que não queria aquele curso na minha vida, mas precisava do ensino médio do colégio porque tinha um ensino "diferenciado". Formei e o diploma de técnica está na gaveta, assim como o de vários outros colegas que estudaram comigo. A minha escolha no ensino médio foi pela falta de escolha. Com a MP a escolha de muitas e muitos alunos também não será baseada nos sonhos, aptidões e na liberdade, pois para ter escolha é preciso ter condições de escolher. 
Analisando apenas estes pontos, nós PIBID-GEOGRAFIA-UFBA, acreditamos que uma reforma na educação é extremamente necessária e perpassa o modelo de sociedade que queremos. Por isso, não pode ser conduzida aos desmandos partidários, às pressas, visando bater metas numéricas(aumentar o IDEB), e principalmente sem  a participação das partes diretamente envolvidas: estudantes, professores e a sociedade como um todo. 
Assim, o que nos resta é o enfrentamento.


Jilvana

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Jilvana - 30/09



Na escola ocorreu apresentação do 2º C sobre os filmes que havia passado anteriormente e no IGEO houve a discussão sobre A proposta da Geografia na nova Base Nacional Curricular e a medida provisória da tal reforma do ensino médio, o debate (necessário) se alongou não havendo tempo para a apresentação dos outros temas. 

Jilvana - 23/09

A sala de aula é um universo extremamente complexo e o ato de ensinar cada vez se revela como desafiador. No colégio esta semana o professor Denilson resolveu construir uma aula diferente no 1ºB  tendo como abordagem os agentes do relevo. 
Ao entrar na sala, Denilson pediu para que todas/todos se levantassem da cadeira, desfazendo as fileiras e seguissem para o centro da sala. Ao começar a atividade fiquei empolgada e ansiosa pela aula, enquanto a turma se entreolhava não entendendo o que estava acontecendo mas empolgavam-se levantando das cadeiras. A ideia era construir um círculo representando o relevo tendo alguns poucos alunos do lado de dentro, os agentes internos, e outros do lado de fora, os agentes externos, que deveriam passar tocando em cada colega envolto no círculo enquanto Denilson explicaria a ação dos agentes com o decorrer do tempo. 
Ao começar, ele alertou para não haverem brincadeiras desrespeitosas na dinâmica até que um dos alunos passou a mão na bunda do colega e foi retirado da atividade. Em seguida, ele pediu para que todas/todos colocassem cadeiras em círculo e sentassem mas enquanto ele explicava o assunto, os alunos se olhavam e começavam a rir descontroladamente e nem eu e o professor entendíamos o motivo. Ele perdeu o controle, já que ninguém parava de rir e todos voltaram para o cenário comum da sala de aula até que o sinal bateu, as outras aulas seguiram o esquema leitura de livro-explicação de livro e fui para casa só pensando na aula do 1ºB e os desafios de fazer educação. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Larissa Gomes - semana de 3 a 7/10

Na sexta-feira houve prova no colégio, por isso não compareci à escola.
Não houve reunião geral.

Larissa Gomes - semana de 26 a 30/09

Comecei a semana separando algumas fotos do projeto Liberdade pra cima da cabeça para serem exibidas na expoPIBID, que acabou sendo adiada.
Na sexta-feira, meu dia na escola, o colégio estava entregue ao TRE para as eleições. Não houve aula, nem reunião geral.